Atleta lança vaquinha eletrônica para seguir na luta por justiça no esporte adaptado | Andre Brasil | Nadador Paralímpico


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Atleta lança vaquinha eletrônica para seguir na luta por justiça no esporte adaptado

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A luta é de todos que acreditam no esporte como ferramenta de inclusão e não de exclusão: Link campanha: http://i1.is/au5et

Não quero que ninguém sofra, o que eu sofri”. Esse é o sentimento de Andre Brasil. Desde abril de 2019, o multicampeão paralímpico vem travando um duelo com o Comité Paralímpico Internacional (IPC) por mais justiça e transparência no esporte adaptado. Depois de ser considerado inelegível após 15 anos fazendo parte da natação paralímpica em que conquistou 14 medalhas em Jogos Paralimpicos, 32 em Campeonatos Mundiais e 21 em Jogos Parapan-Americanos, o atleta foi excluído do sistema após uma reclassificação e impedido de competir nas provas em que fez história.

Diante disso, o brasileiro está processando o IPC desde então em busca de transparência no processo de classificação, que é regido pelo IPC e não leva em consideração tecnologia, ciência, imagens subaquáticas (no caso da natação), exames médicos e apenas avaliações dos classificadores, confiando ao olho humano e critérios subjetivos.

“Infelizmente, não sou o único atleta a passar por esse tipo de situação perante o IPC. Muitos atletas de basquete em cadeiras de rodas que se classificaram para os Jogos Paralímpicos de Tóquio também foram repentinamente notificados de que não poderiam mais competir, pois o IPC decidiu alterar as regras de classificação.  Atletas de tênis em cadeira de rodas enfrentaram o mesmo desafio, mas seu comitê local conseguiu negociar com o IPC um período de transição para permitir que competissem em Tóquio. Além de mim, outros tiveram essa oportunidade negada. Nossas carreiras foram encerradas pelo IPC, embora nossas condições médicas e deficiências nunca tenham apresentado qualquer grau de melhora”, comenta Andre Brasil.

Mas o atleta não se calou e resolveu enfrentar o monopólio de um sistema que define a vida e carreira de tantos atletas. O processo contra o IPC segue na Alemanha e os tribunais exigem um depósito de € 10.000. Além disso, o IPC exigiu um depósito de segurança inicial adicional no valor de € 22.000 para cobrir suas despesas legais se o atleta perder o caso.

“ No atual cenário, sem que eu tivesse escolha ou poder de decisão, fui excluído e abandonado pelo esporte que mudou a minha vida. Sonho que ninguém sofra o que eu sofri. Nesse sistema incoerente, recai sobre mim o ônus de obter o financiamento necessário para me defender. Por esse motivo, estou buscando apoio financeiro para dar continuidade a essa ação judicial de extrema importância, que poderá viabilizar uma reforma crítica e a responsabilização do IPC”, completa o atleta.

Abaixo o link da campanha. Cada contribuição é bem-vinda pelo bem do esporte adaptado. Essa luta é de todos que acreditam um esporte inclusivo e não exclusivo.

Link campanha: http://i1.is/au5et

Fonte: Assessoria de Imprensa
Apoio Governo do Estado de São Paulo, Bolsa Atleta, Comitê Paralímpico Brasileiro, Ministério do Esporte