Depois de participiar de três Jogos Paralímpicos consecutivos e conquistar 14 medalhas para o Brasil, sendo sete de ouro, o carioca Andre Brasil vai ficar de fora dos Jogos de Tóquio. O motivo da ausência foi o polêmico processo de reclassificação imposto pelo Comitê Paralímpico Internacional após os Jogos do Rio.
Em abril de 2019, Andre Brasil foi considerado inelegível nos estilo borboleta, livre a costas. Desde então, com apoio do Comitê Paralímpico Brasileiro, o nadador buscou justiça, com processos liderados por advogados no Brasil e na Alemanha para tentar anular o resultado desta classificação. Mas infelizmente, a corte ficou ao lado do IPC, por entender que não tem capacidade e conhecimento para julgar um caso deste.
Transparencia, ciência e tecnologia no processo de classificação são justamente as lutas de André e de todos os atletas que fazem parte do movimento paralímpico. Por conta de um sistema subjetivo e que não leva em consideração, exames, estudos biomecânicos e tecnologia, resultados injustos como este, acabam entrando em cena demonstrando a falta de clareza no processo como um todo. E os atletas que são os grandes protagonistas do esporte, acabam sendo os maiores prejudicados, já que são os seus sonhos que são interrompidos.
" Me considero profissional da natação desde 11 anos de idade, quando comecei a ter a minha primeira ajuda de custo. Respiro isso desde então. No momento, não tenho tenho ideias do que vou fazer, não tenho planos. Só sei que tenho que dar uma repensada. Só sei que estou muito triste com tudo o que está acontecendo. O esporte que deveria ser inclusivo foi excludente comigo", comentou Andre.
O atleta ainda vai definir com o CPB os próximos passos do processo e de sua carreira.
Fonte: Assessoria de Imprensa
